sexta-feira, 20 de maio de 2016

AFINAL, QUE PAPEL NÓS EDUCADORES ESTAMOS DESEMPENHANDO?

Nas últimas semanas, em alguns Estados brasileiros, alunos de escolas públicas vem ocupando estes estabelecimentos exigindo direitos básicos a que deveriam ter acesso e que lhes são garantidos pela Constituição Federal de 1988, porém, vinte e oito anos depois de sua promulgação, ainda não atende os estudantes como deveria. Esses direitos variam da totalidade da gratuidade do ensino público, da oferta obrigatória e gratuita de alimentação de qualidade, material didático-escolar, transporte, atendimento a saúde e principalmente a qualidade padrão da educação pública. Fora suas reivindicações próprias, ainda reclamam o parcelamento de salários de professores e o não cumprimento da lei do piso salarial para o magistério, onde os docentes ainda recebem abaixo do que foi estabelecido pelo Governo Federal.
Mesmo sabendo da legitimidade das reivindicações dos alunos, que incluem algo que deveria ser reclamado pelo magistério em conjunto, muitas escolas vem reprimindo as manifestações, ameaçando tirar notas, deixá-los infrequentes, marcando provas em meio a um momento delicado como este e até, em alguns casos, chamando a polícia para retirá-los a força dos prédios (sendo que a escola deveria ser a segunda casa do estudante), como já ocorreu em algumas ocasiões. Sobre isso, escrevi recentemente em redes sociais sobre o papel da polícia nessas situações. Acredito que no momento em que a Polícia Militar refletir a quem estão servindo de fato, pararão de retirar estudantes que ocupam escolas públicas e passarão a se juntar a eles, defendendo o direito que eles têm de estarem lá, ajudando inclusive a manter a ordem e inspirando estes jovens. E isso também serve para os professores que, invés de se juntarem a seus estudantes nessas reivindicações totalmente legais e legítimas, preferem reprimi-los ou deixá-los a mercê de sua própria sorte ou consciência para depois ainda julgá-los por algo errado que eventualmente um ou outro, por falta de uma consciência que a família e nós professores deveríamos trabalhar com eles desde a infância ou por falta de maturidade, faça algo errado.
A nível nacional, vivemos um momento delicado de crise política, moral e econômica. Muitas das mudanças que seriam necessárias para nosso país e para nossa sociedade deveriam partir da população e da luta popular pelo fim de questões como a corrupção, a favor da realização de plebiscitos e da realização de políticas que favoreceriam a maioria. Porém, manifestações, protestos e qualquer tipo de rebeldia perante o sistema totalmente deflagrado em que vivemos são mal vistos pela população e taxados de comunistas (mesmo havendo liberalistas entre os revoltosos), subversivos, vagabundos e outros termos pejorativos. Essa cultura da revolta ser algo ruim ainda é herança da Ditadura Civil/Militar ocorrida entre 1964 e 1989, onde qualquer pessoa que discordasse do sistema da época, não importando a ideologia política, ou os membros de movimentos revolucionários eram violentamente reprimidos, torturados e mortos pelo exército.
Gerações anteriores as dos anos 1990 foram totalmente reprimidas por pais, governo e professores (pois, afinal somos formadores de opinião), perdendo justamente aquilo que estes jovens querem nos ensinar nesse momento. Quando reprimimos nossos alunos, estamos descumprindo um dos nossos deveres básicos como professores e que estão presentes nos currículos escolares: a formação de um ser humano crítico e capaz de exercer a cidadania em meio à sociedade onde vive. Não adianta somente querermos que aprendam história, física, matemática e as demais disciplinas de uma maneira que jamais esqueçam, pois, isso é impossível! O verdadeiro legado que o aluno leva consigo da escola para a vida é a lição de convivência social, de respeitar as diferenças, de respeitar as instituições que regulam a sociedade e, principalmente, o que foi citado anteriormente: a capacidade de criticar o sistema e de ser um cidadão que saberá o momento e como agir para fazer a diferença na nossa sociedade! Isso nós, das gerações anteriores, perdemos lá atrás, o que deveria nos mover a protestar e saber que devemos lutar pelo que é certo e justo, pensando no bem comum. Agora, vendo o que nossos alunos estão fazendo e que muitos de nós não tem a coragem de fazer, queremos reprimi-los também como fomos no passado e como somos atualmente pelo governo que nos amedronta com ameaças para seguirmos trabalhando, invés de nos juntarmos e orientarmos eles, servindo de exemplos. Protestar é exercer a cidadania e a forma legal de mostrar seu senso crítico em relação a questões das quais discorda, o que é um direito de todo membro de uma organização social. É cobrar das autoridades públicas a execução da lei e dos deveres tal como deveria ser! Está previsto em lei a legalidade e legitimidade que dão direito ao cidadão de realizar essa atividade!
Estamos realmente exercendo o papel que nos foi dado e que juramos desempenhar ao nos tornarmos educadores?

domingo, 8 de maio de 2016

PALEOMAPAS: A HISTÓRIA DE NOSSO PLANETA

Você já ouviu falar em "paleomapas"? O Geólogo Christopher R. Scotese criou um site onde é possível ver os prováveis mapas da Terra de acordo com suas modificações naturais desde o período Pré-Cambriano (cerca de 4,5 bilhões de anos atrás) até os dias de hoje e, também muito interessante, um estudo mostrando como será o nosso planeta até daqui 250 milhões de anos.
Possível mapa do Período Jurássico (entre 195 a 136 milhões de anos) disponível no site scotese.com. Acesso: 08/05/2016 às 17:10.
Além dessas informações incríveis, tem mais! É possível também observar a História do Clima na Terra. Gráficos mostram os picos de temperatura média entre os períodos ao longo de milhões de anos. Esses picos reforçam a teoria de geólogos que acreditam que o aquecimento global é natural e que seria pretensão humana acreditar que estaria modificando a atmosfera de maneira definitiva.

Gráfico da possível variação climática de nosso planeta ao longo de bilhões de anos disponível no site scotese.com. Acesso: 08/05/2016 às 17:15. 
Muitas outras informações e materiais estão disponíveis no site, aproveite, bons estudos!

Fonte: http://www.scotese.com/

segunda-feira, 21 de março de 2016

DEVEMOS PEDIR GOLPE MILITAR NO BRASIL?

        A História é a Ciência que estuda o desenvolvimento do homem ao longo de sua trajetória durante sua existência. Através da História estudamos e analisamos o passado, para que possamos entender e observar nosso presente e ver as melhores maneiras, através do que testemunhamos, de projetar nosso futuro.
        Para isso, precisamos estudar, porque um povo que não conhece a história do seu país está fadado a repeti-la!
        No Brasil, já tivemos quatro golpes militares... isso mesmo! Quatro golpes desde que nos tornamos república em 1889.
         Vamos contar?
1º - A queda de Dom Pedro II em 1889 que pôs uma junta militar provisória liderada por Deodoro da Fonseca.
Motivos principais: Tentativa de Reforma Agrária e Abolição da Escravidão.

2º - A Revolução de 1930 que colocou Vargas no Poder.
Motivos principais: Coronelismo, Desgoverno econômico, Política do Café-com-leite (alternância do poder entre SP e MG - sim, isso não é nenhuma novidade).

3º - A queda de Vargas em 1945.
Motivos: Como o Brasil apoiou os EUA e as Forças Democráticas Internacionais na Segunda Guerra e vivíamos no Estado Novo (Ditadura Vargas), os militares que colocaram Vargas no poder o derrubam com apoio dos EUA, assumindo como presidente após eleições o General Gaspar Dutra. Ainda tivemos a tentativa de Golpe de 1954 que causou o suicídio de Vargas, somado a corrupção da época.

4º - Golpe de 1964 que depôs João Goulart e instaurou a Ditadura com apoio dos EUA.
Motivos: Tentativa de Reforma Agrária, Política Externa Independente dos EUA, relações comerciais com a URSS, Cuba e China (potências econômicas na época). Ao final da Ditadura, os militares criaram partidos políticos que governam o Brasil até hoje e fizeram parte da Constituição de 1988.

        E ainda algumas pessoas pedem a volta dos militares ao poder e ainda acham que a corrupção atual (que não se compara ao que já tivemos antes) é o único e grande problema do Brasil neste momento.
        Realmente estamos precisando estudar mais a nossa História!

segunda-feira, 14 de março de 2016

CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS ACONTECIMENTOS POLÍTICOS RECENTES

As redes sociais andam ariscas ultimamente. Uma onda de interesse nas discussões políticas vem tomando o país nos últimos tempos e, no mundo virtual, todos tem direito a palavra. A principal causa vem sendo os casos de corrupção do sistema político brasileiro, existentes há 500 anos, mas que parece que somente agora começaram a afetar a população, principalmente os que claramente tem mais condições financeiras (inclusive internet em casa para se pronunciar).
A mídia, que antes era calada, fosse por apoiar os governos anteriores ou simplesmente por ser amordaçada, como nos tempos da Ditadura, contempla este cenário de discórdia que, em algumas pessoas, gera um ódio inigualável, capaz de cegá-las a ponto de apoiar pessoas como o deputado Jair Bolsonaro, do PSC (Partido Social Cristão) – antes do PP (Partido Progressista). Jair é conhecido mundialmente por ser anticomunista, antissemita, machista e homofóbico, títulos pelos quais ele se orgulha e não se dá ao trabalho de contestá-los nem na frente de renomados atores e autores de documentários nacionais e internacionais que vem ao nosso país para entrevistá-lo.
Outro motivo que vem acirrando esse basta que a população quer dar a corrupção são as recentes denúncias envolvendo o ex-presidente Lula e a prisão de todo o alto comando do PT (Partido dos Trabalhadores) do qual ele e a atual Presidente, Dilma Rousseff, fazem parte. As denúncias apresentadas não são nenhuma novidade na política brasileira. Envolvem compra de votos, financiamento de campanha com dinheiro de empresas privadas que posteriormente venciam as obras de licitação do Governo Federal, presentes dados por elas aos candidatos, como o caso do Triplex e o Sítio em Atibaia do Lula. Outros diversos políticos influentes também são denunciados pelas mesmas irregularidades, como o caso de Eduardo Cunha, do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), presidente da Câmara dos Deputados, e Aécio Neves do PSDB (Partido Social Democrático Brasileiro), ex-presidenciável e Senador. Isso não é novidade alguma, visto que 90% dos políticos no Brasil se elegem da mesma maneira: dinheiro de corrupção.
Todo esse rolo também se dá ao fato de que, de um lado, a Presidente Dilma acusa a Câmara e o Senado de não a deixarem governar, pois, depois das denúncias do Mensalão, outro esquema que existia a mais de décadas, a compra de votos ficou mais difícil, complicando para o governo de situação, problema que Lula não teve quando foi Presidente. O partido que tem a maioria na Câmara, no Senado, nos governos estaduais, nos governos municipais e nas vereanças é o PMDB, que também ocupa a vice-presidencia, na figura do Michel Temer, que deveriam ser aliados do governo, mas não são. Isso forçou o governo a tomar medidas impopulares, como o aumento de impostos e retenção de gastos públicos, o que era proposta do candidato da oposição, Aécio Neves, mais para manter seus privilégios e dos interessados em se beneficiar de dinheiro público do que da população. Como sabemos, qualquer partido que governar o Brasil hoje terá um governo com característica Neoliberal, porque a constituição vigente é Neoliberal. Um partido Socialista, portanto de esquerda, só conseguiria governar o país realizando uma reforma política, que certamente seria negada pelo parlamento, ou fazendo uma revolução popular. Para não se tornar reformista, o PT deixou de ser, o que remetia sua origem trotskysta dos anos 1980, socialista e passou a aceitar o neoliberalismo, tal como os outros, porém mais centrista e populista em alguns momentos, no entanto se lambusando nos esquemas existentes de compra de votos, financiamento de campanhas e lavagem de dinheiro. Como muitos líderes do Partido, em especial Olívio Dutra e Tarso Genro admitiram: o PT entrou na vala comum. Esse fato fez com que perdessem grande parte dos intelectuais de esquerda que compunham as fileiras do Partido e muitos dos seus seguidores e admiradores.
Não devemos ser contra nenhum tipo de manifestação, como as ocorridas no dia 13 de março de 2016. Todos têm e devem ter o direito de se manifestar, seja na rua, no facebook ou onde quer que seja. Somos livres (pelo menos enquanto políticos como Jair Bolsonaro não assumirem o poder). O que intelectuais, professores universitários e líderes da esquerda socialista brasileira criticam é a falta de politização da população brasileira (que estaria ligada diretamente a péssima qualidade do ensino fundamental e médio, tanto no setor público quanto no privado). A maioria das pessoas que estavam na rua não sabiam explicar o que significa direita ou esquerda, socialismo ou liberalismo, nem tampouco sabem analisar a economia do Brasil ou quais os reais problemas que fazem nosso sistema político ser e estar como é e como está. Diversos jornalistas saíram às ruas entrevistando as pessoas e isso foi o que se pôde ver. Sair para a rua protestar uma coisa que não sabe explicar é, além de inadimissível, também uma maneira de corrupção. Como foi dito anteriormente, o financiamento privado de campanhas com interesse econômico, financiamento da vida de políticos e beneficiamento de empresas no setor público não é novidade nenhuma para o sistema político brasileiro, mas a população parece que descobriu somente agora porque o assunto se tornou mídia nos últimos anos. Sabiam disso, os militares e a direita, quando redigiram a Constituição de 1988 (neoliberalista e uma das principais causadora de todo o problema discutido neste artigo, pois é ela que rege o sistema político e jurídico do país).
Segundo pesquisa feita pelo jornal Zero Hora (claramente de posicionamento a direita, que nunca negou isso e é natural, afinal é uma empresa privada) 73% dos protestantes não tinham desempregados na família, 76% votaram em Aécio Neves, 48% ganhava mais de 10 salários mínimos, 92% eram brancos (sendo que temos mais de 51% de afrodescendentes no Brasil) e outros dados que nem precisamos citar para embasar o que queríamos propor.
A principal crítica foi que vimos a maior parte dos manifestantes sendo parte da elite brasileira indo às ruas protestar contra o governo, ponto. Nesta elite sabemos que não se encontram a grande maioria da nossa população, juntando todas as capitais eram apenas entre 5 e 2 milhões de pessoas (os números variam entre os da polícia e o dos organizadores), sendo que temos 200 milhões de habitantes no Brasil, a maioria vivendo nas capitais. A maioria da população tem motivos de protestar, também, não só contra a Dilma, o Lula e o PT, mas contra todos os partidos e a corrupção que corroe esse sistema político sujo. Alguns ativistas afirmaram que, se os moradores das favelas, principais afetados por momentos de turbulência como o atual, descessem em peso para o protesto os demais participantes teriam ido para suas casas.
O brasileiro tem péssimos índices em relação a muitos países no que diz respeito, por exemplo, a leitura de livros, que não chega a meio livro por ano, enquanto países muito mais pobres tem uma média entre 5 e 10 livros ao ano. Outro índice preocupante e que tem direta relação com casos de corrupção é a lavagem de dinheiro e o imposto de renda. A grande maioria das pessoas não são honestas na hora de declarar renda, principalmente os mais abonados. Como ir a uma manifestação contra a corrupção caminhando ao lado de corruptos? É uma das perguntas mais levantadas por aqueles que realmente tem sede de mudança num país que vive uma democracia embrionária sem democracia e ainda ameaçada de morrer para o retorno de uma ditadura e com tantos outros problemas políticos que a população, por ignorância, não consegue ver ou entender.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

MATÉRIA SOBRE O LANÇAMENTO DOS LIVROS NA FEIRA DO LIVRO DE BAGÉ - JORNAL MINUANO

No Jornal Minuano de hoje está uma matéria feita comigo pela Jornalista Melissa Louçan a respeito dos livros que lançarei na Feira do Livro de Bagé!

Abaixo o conteúdo da notícia: 

Um dos bajeenses que fará a estreia no mundo literário é o jovem historiador, Ivan Pinheiro. Aos 27 anos, ele fará a estreia em grande estilo, já com duas obras de uma só vez. A primeira é “História do Rio Grande do Sul para Estudantes e Curiosos”.
Cursou Bacharelado em Historia na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e graduou-se em Licenciatura em História na Universidade Regional do Noroeste do Estado (UNIJUI), em  2012,  logo  passou  a  atuar como professor da rede pública.
Enquanto adquiria experiências em sala de aula, escrevia sobre os  conteúdos  programáticos para os alunos. Após um tempo, resolveu reunir o material escrito por ele mesmo e utilizar como apostila. “Existe no Estado e no Brasil uma necessidade de livro de História do Rio Grande do Sul para alunos, principalmente do Ensino  Fundamental.  Eu  dava aulas para o 4º ano e não dispunha de material com conteúdo somente de História daqui. Procurei várias editoras e nenhuma tinha. Então resolvi produzir o meu próprio.”, conta.
Após algum tempo, foi refinando e revisando o conteúdo, que  passou  a  ser  utilizado  por outros colegas de profissão. “Usei como apostila durante dois anos. Este ano, a Editora Moderna me procurou para transformá-lo em livro e estamos em negociação".
No entanto, resolvi lançá-lo agora, pela LEB (Livraria e Editora Bajeense),  à  pedido  de  vários colegas, visto que muitos já utilizam em outras escolas”, adianta. Ressalta, ainda, que o conteúdo atende também uma carência da história do Estado para alunos do Ensino Médio e, principalmente, vestibulandos. “No Ensino Médio este não é um dos conteúdos ensinados, mas é um dos pontos mais pedidos nos vestibulares, principalmente o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)”, diz.
No  momento,  Pinheiro está  cursando  o  mestrado  em Patrimônio  Cultural  -  Arqueologia  e  Paleontologia,  também na UFSM. Foi de suas pesquisas para a graduação e mestrado que surgiu a ideia do segundo livro, “Uma Breve História do Forte de Santa Tecla”.
O professor recorda que o assunto  surgiu,  de  forma  mais pronunciada  em  sua  vida,  em 2010.  Enquanto  ainda cursava História,  começou  a  trabalhar como desenhista técnico no projeto  de  pavimentação  da  zona Leste de Bagé para incrementar o orçamento de estudante.
Nessa mesma época, devido a sua área de atuação, foi convidado a fazer parte do projeto de aproveitamento do sítio arqueológico do Forte Santa Tecla, que estava sendo exigido, à época, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Assim, naturalmente o local passou a ser um ponto de interesse para Pinheiro, que o abordou em seu trabalho de conclusão de curso e continua com o sítio arqueológico como ponto de interesse. “Meu TCC acabou sendo a reunião de documentos e artefatos arqueológicos do Forte e minha tese de Mestrado,  na  UFSM,  também é a Arqueologia do Forte Santa Tecla”, ressalta.
As duas obras serão lançadas no dia 11, às 19h, no Espaço Carlos Urbim, da Feira do Livro de Bagé.


domingo, 20 de setembro de 2015

CONVITE PARA O LANÇAMENTO DE DOIS LIVROS

É com imensa satisfação que convido os amigos a compartilharem desse alegre momento comigo! Quem quiser me ajudar, estou fazendo a pré-venda (com desconto - por apenas R$18,00 - e entrega a domicílio na semana de lançamento) para angariar fundos para pagar a gráfica!
Compartilhem, também, para me ajudar!
Até lá!


quarta-feira, 13 de maio de 2015

JORNAL MINUANO PUBLICA PEDIDO DE AJUDA POPULAR DO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS NA BUSCA DE ARTEFATOS ARQUEOLÓGICOS.

Saiu ontem no Jornal Minuano de Bagé e região da campanha do Rio Grande do Sul a pesquisa que iniciamos através do Centro de Ciências Humanas (http://facebook.com/centrodecienciashumanas) em busca de artefatos arqueológicos relacionados aos indígenas da nossa região. Os cerritos seriam um bônus, mas, através do mapeamento desses artefatos, podemos chegar a uma possível localidade que houvera formação de um núcleo social pré histórico por aqui!

Abaixo a reportagem feita pela jornalista Melissa Louçan:




































Disponível em: http://jornalminuano.com.br/VisualizarNoticia/17889/historiador-inicia-pesquisa-para-mapear-formacao-de-nucleos-pre-historicos.aspx#prettyPhoto (Acesso em 13/05/2015, às 10:01).

domingo, 20 de abril de 2014

Entrevista concedida ao Caderno ELLAS do Jornal Minuano.

ELLAS PARA ELES edição especial

IVAN PINHEIRO

Ivan César dos Santos Pinheiro, aos 25 anos, já possui um longo histórico curricular, contando com Bacharelado em História na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Licenciatura em História na UNIJUI e é Mestrando do curso de Patrimônio Cultural na área de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federa de Santa Maria (UFSM). O que traz o professor e músico até as páginas do Ellas para Eles em edição especial é seu estilo de vida em conjunto com seu profissionalismo. Libriano típico, porém bem decidido, como ele mesmo confessa. O historiador fala sobre sua relação em sala de aula e do quanto é importante estudar. E quando questionamos aquela perguntinha básica sobre o estilo, ele prova que é apaixonado mesmo por História: "Então... Acho que sou meio 'à moda antiga', o que soa apropriado para um historiador... (risos). Até musicalmente! Para eu gostar de uma música ela tem que envelhecer uns quatro anos, por aí! (risos)". Confira o bate-papo e conheça um pouco mais dos talentos de nossa cidade.

Para que séries dá aula?
"No Colégio Espírito Santo dou aulas para todo o Ensino Médio e para o 4º ano do Ensino Fundamental. No Monsenhor dou aulas para o 9º e 7º anos. No Julinha Taborda para todas as totalidades da EJA, Ensino Fundamental."

Qual o lado mais difícil de ser tão jovem e ter de ensinar os alunos adolescentes?
"Difícil essa... Eu tenho consciência de que a minha abordagem é diferente, pelo fato de ser mais novo, de ser um professor do estilo século XXI mesmo, que brinca com a matéria, que tenta usar a linguagem deles para aproximá-los o máximo possível do contexto trabalhado, por ser um professor que trabalhou durante 4 anos em cursinho... Mas no geral tudo é bem tranquilo. Imponho-me de maneira sutil, porém consigo fazer com que me escutem. Pelo meu estilo de aula, também, eles acabam não sendo “difíceis”, o que torna as coisas mais fáceis para mim."

O que tu mais gosta na tua profissão?
"Bá, diversas coisas! Eu amo ser Músico, acho que cada evolução na minha carreira conquistada com muito suor e humildade sempre. Não sou o tipo de músico que fala mal dos outros, pelo contrário, sempre tento apoiar a galera. Gosto de vender o meu peixe, não por defeito no dos outros. Já na História... Eu amo a história! Se ela fosse uma mulher, eu casava com ela! (risos). Na verdade eu fiz bacharelado porque meu foco sempre foi a pesquisa, tanto em História quanto em Arqueologia, são minhas paixões. A Licenciatura surgiu na minha vida como uma opção de sobrevivência na minha área, porém me conquistou de uma maneira que hoje não me vejo fazendo outra coisa! Então, tento unir as duas. Ao mesmo tempo em que me dedico à pesquisa (mestrado e futuramente doutorado), dou minhas aulas que são minha atual fonte de renda principal."

De que maneira faz com que eles pensem em seguir os estudos, depois que concluem o Médio?
"Bom, eu trabalho com duas realidades bem diferentes. No Estado eu tento informar o máximo possível a eles sobre os benefícios da universidade, formas de ingresso como vestibular, ENEM, Fies e bolsas que as federais oferecem, além da moradia nas casas de estudante, comida dos RU, etc. Eles nunca sabem nada disso! Também digo a eles que nós somos o que estudamos! É isso que será nosso legado e é isso que nos abre um leque de oportunidades na vida! Pode acontecer o que acontecer comigo, me tirarem dinheiro, emprego, família, bens materiais em geral, mas o que eu sou, o que eu estudei, meu título de Historiador, Arqueólogo e Professor, isso ninguém me tira e vai me acompanhar até a morte. Tento incentivá-los quanto a isso, desde a EJA até os alunos do ensino regular. Acho que ninguém deve se contentar com pouco, devemos sempre buscar melhorar, evoluir. Não falo financeiramente porque não acho que dinheiro seja sinônimo de felicidade, mas ganhar dinheiro é um processo natural de quem faz o que gosta e corre atrás. Por isso é tão importante escolher o que se gosta de fazer, sem se deixar influenciar. Sempre deixo claro isso a eles, tanto no público quanto no privado."

Além de professor, és cantor. Na música, o que mais gosta?
"Pois é. A música me acompanha desde meus 11 anos de idade. Além de compor, gosto muito de cantar. Mas, nunca cantei ou toquei para os outros, sempre foi pra mim, pra me satisfazer. Tocar em público e fazer o número de shows que faço hoje foi um processo natural, graças a Deus. É uma coisa que não me cansa, que me da prazer, que me faz bem."

Que gêneros gosta de cantar?
"Então, meu estilo musical abrange de tudo um pouco. Gosto de Rock Clássico, como Elvis, Beatles. Gosto de Rock n’ Roll, como Deep Purple. Gosto de alguma coisa de metal como Iron, Angra, Metallica. Sou fã do Chico Buarque, sei todas as letras, amo ele! Muita coisa de MPB, Tim Maia, Djavan, além de Pop e Ska brasileiro como Paralamas. Rock brasileiro também, como Ultraje. Essas coisas que amo e que tocamos com a banda ou quando estou tocando solo."

Desde quando está nesse ramo?
"Por gosto musical, desde 1999. Porém “profissionalmente” fazem 2 anos, já. Tive duas bandas antes, mas nenhuma foi pra frente. Comecei a emplacar shows seguidos quando tive dupla com a Mila Centena, depois seguimos carreira solo e estamos aí, os dois, na ativa, graças a Deus. Foi um bom empurrão!"

Como é a tua relação aluno/professor/cantor, quando eles estão em um lugar que tu estás cantando?
"Ah, normalmente eles me incentivam! Chegam junto, me cumprimentam, acho que de uma maneira geral me admiram nesse sentido. É legal!"

Tu usa do teu dom em sala de aula, como método de aprendizado?
"Então, da questão musical eu tento relacionar sempre. Principalmente quando falo de ditadura. Mostro pra eles que a música, além de outras artes como teatro, literatura, etc., eram um dos principais meios de tentar alertar a população de toda a sujeira, corrupção, mortes de inocentes e falso desenvolvimento daquele período, principalmente na era do Médici, que é a maior vergonha da história do Brasil e de Bagé. Sempre que dá, levo meu violão, crio alguma música também pra entretê-los. Trabalhar com a História necessita da criatividade, pra não cair numa aula monótona, textual e com monólogos do professor. Me transformo, viro ator, tento divertí-los com o que estão aprendendo, acho que isso é um diferencial."

Gosta de ler? que gênero?
"Gosto, e muito! Acho que pra professor não é só questão de gosto, é uma obrigação! Todo professor deveria ler, e muito. Infelizmente isso não é uma realidade, o que faz com que caia, e bastante, a qualidade da educação no Brasil. Em relação a gêneros, sempre procuro ler coisas de História, Arqueologia e Paleontologia, mesmo. Quando leio qualquer outra coisa acabo me sentindo mal, porque tenho tanta coisa da minha área pra ler que é um crime eu ler outras coisas!" (risos)

Que mensagem deixa aos leitores?
"Primeiro que estudem, já que falamos bastante nisso! Segundo também que pra estudar, nunca é tarde e não tem idade! Corram atrás, minha frase de vida é: quem quer faz, quem não quer inventa desculpas! Serve como reflexão. Aproveito pra deixar nosso contato musical, só acessar o http://www.ivanpinheiro.com.br/ pra conhecer nosso trabalho e ligar para 53 9996 9332 para nos contratar! É isso! Deixo também aqui meu agradecimento pelo convite e te parabenizando pelo belo trabalho que realizas, nas diversas atividades que tu tens. Um beijo, fiquem com Deus e Paz e Bem!"

sábado, 19 de abril de 2014

A História Resumida Sobre: Período da NOVA DEMOCRACIA (1945 a 1964)

NOVA DEMOCRACIA (1945 – 1964)

            Com a deposição de Vargas, num golpe liderado por Góes Monteiro, Osvaldo Farias e Eurico Gaspar Dutra, mesmo depois de oferecida por ele a constituição democrática (“primeiro a constituição, depois as eleições”) que não foi aceita pelos militares porque sabiam que Vargas venceria as eleições, assume a presidência o presidente do STF, José Linhares, que ficou durante um ano (outubro de 1945 a outubro de 1946) no cargo com a missão de convocar e presidir as novas eleições.
            Seu governo foi um escândalo, segundo a opinião pública, devido as numerosas nomeações feitas por ele. As eleições foram realizadas em 02/12/1945, entre os candidatos estavam o General Gaspar Dutra (PSD – apoiado por Vargas), o Brigadeiro Eduardo Gomes (UDN), o engenheiro Yedo Fiuza (PCB) e Rolim Teles (PAN – Partido Agrário Nacional, representando as oligarquias).
            Vargas, apesar de deposto, não foi caçado ou exilado, nem sequer perdeu seus direitos políticos. Apenas se autoexilou em sua estância em São Borja. Considerava Dutra um traidor, por ter sido um aliado em 1930 e ter apoiado o golpe militar que o depôs, inclusive ameaçou retirar seu apoio a candidatura, mas estava ameaçado de ser exilado do Brasil, caso não o apoiasse. Hugo Borghi, líder do Queremismo (que tinha apoio da classe trabalhadora e ainda de Luis Carlos Prestes – que mesmo depois de ter perdido sua esposa para a repressão do Estado Novo, reconheceu que ainda seria pior se os demais candidatos que viriam nas eleições assumissem a presidência), convence Vargas a apoiar Dutra porque se Gomes ganhasse, modificaria todos os feitos do Estado Novo e ainda exilaria Vargas.
            Sendo assim, Dutra faz sua campanha a presidência com o lema; “Ele (Vargas) disse: Vote Dutra!”, o que provoca sua esmagadora vitória nas urnas. Somado as causas do resultado estava uma frase que foi dita por Eduardo Gomes alegado que “não necessitava dos votos dos desocupados que apoiavam o ex-ditador” e que foi alterada por Borghi para “não preciso dos votos dos marmiteiros”, sendo a marmita o símbolo da campanha de Dutra, acabando com qualquer chance dos demais candidatos.
            Além do novo presidente, elegeu-se também uma Assembléia Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar a nova constituição. Nessa assembléia o PSD foi majoritário com 54% dos membros. A novidade era a reduzida, porém combativa bancada comunista: catorze deputados federais e em senador, Luiz Carlos Prestes. Em sua geral, a assembléia era composta por elementos sólidos da elite dominante e preservava a antiga ordem em suas linhas gerais.
Na formação da ANC de 1946, Vargas foi eleito senador pelo RS e SP, pelo novo partido, o PTB, que ele ajudou a criar e que por ele for eleito representante na câmara dos deputados por sete estados. Isto era possível graças à confusa legislação eleitoral da época que permitia esse tipo de situação.

GOVERNO DUTRA (1946 – 1951)

A visita de Henry Trumman, presidente dos EUA, responsável pelas bombas de Hiroshima e Nagasaki, ao Brasil e a emblemática fotografia de Dutra apertando sua mão, marca ali o apoio brasileiro aos EUA no início da Guerra Fria. Assim o Brasil resolveu optar pela política da boa vizinhança mantendo boas relações com o poderoso vizinho do norte seguindo a mesma cartilha política (o desenho de Donald no Brasil e à criação de personagens Zé Carioca pela Disney estão relacionados a este período).
Assim Dutra coloca o comunismo na ilegalidade de novo e caça o mandato de todos os parlamentares do PCB, inclusive o de Luis Carlos Prestes. Algumas das principais medidas do seu governo:
·         Redemocratização do país com o funcionamento dos três poderes;
·         Cassação do pcb e seus elementos;
·         Rompimento das relações com a união soviética (1947_);
·         Proibição de jogos de azar em todo país;
·         Começo do aproveitamento elétrico do município de Paulo Afonso;
·         Reaparecimento portuário da frota de petroleiros e pesquisas do petróleo;
·         Plano SALTE – Saúde, alimentação, transporte e energia, para cumprimento em 5 anos;
·         OEA, participação brasileira na organização dos estados americanos;
·         Rejeitou a federalização da justiça;
·         Promulgação da constituição de 1946;
A constituição de 1946 trazia em seu conteúdo alguns pontos principais como:
·         Manteve o presidencialismo, a divisão do poderes e a federação.
·         Procurou fortalecer a união,mas não o executivo.
·         Fixou o mandato presidencial em 5 anos.
·         Admitia o comparecimento dos ministros, se convocados pelo congresso, compulsoriamente para interpretações e informações.
·         Previa a formação de CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) segundo o modelo estadunidense (controle do executivo).
·         Poder legislativo formado pela Câmara dos Deputado (4 anos) e pelo Senado (8 anos). Os deputados seriam proporcionais ao número de habitantes, os senadores seriam 3 por estado mais o DF, renováveis de 4 em 4 anos na proporção de 1/3 por 2/3.
Apesar dos benefícios da segunda guerra que possibilitaram ao Brasil acumular divisas, alguns fatores impulsionaram a crise econômica como o déficit durante a guerra, a inflação e a especulação imobiliária fizeram Dutra ter dificuldade na administração econômica. Começou seu governo com uma alta inflação e dívida externa que só aumentou, sem que ele pudesse detê-la: de 17 milhões para 32 milhões.
Seu governo optou pelo liberalismo econômico, nesta época as exportações aumentaram significativamente, porém em pouco tempo as reservas econômicas foram diminuindo devido à necessidade de um grande número de recursos que eram disponibilizados para financiar a entrada de mercadorias importadas no país. Com isso a indústria nacional passa por um período de recessão, sendo um dos fatores do crescimento da dívida externa.
Com tudo isso, a condição de vida dos trabalhadores piorou significativamente. O arrocho salarial e o aumento dos índices de inflação encareceram o custo de vida da população. Em razão disso, vários movimentos grevistas e manifestantes populares foram deflagrados nesta época. O governo por diversas vezes culpou os comunistas pela autoria destes episódios, porém sabemos que era o retrato de uma população que necessitava de mudanças urgentes.
A partir de 1947 algumas medidas foram tomadas para tentar contornar a crise, como o controle do câmbio e das importações, além da criação do plano SALTE, porém sem sucesso, na tentativa de dar assistência à população.
Em 1950 uma nova eleição começa a ganhar destaque político nacional. Com um Brasil carente de figuras políticas fortes, as eleições contaram com a concorrência entre o mineiro Cristiano Machado, apoiado por Dutra, o candidato do PSD Eduardo Gomes novamente vem pela UDN, enquanto isso Vargas é aclamado e convencido a voltar a concorrer pelo PTB. Desta vez não deu outra, Vargas volta ao poder nas mãos do povo com uma vitória significativa de 48% dos votos, se tornando, novamente, presidente do país!

GOVERNO VARGAS, O POPULISTA (1951-1954)

            “Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, o sorriso do velhinho faz a gente trabalhar!”
            Esse último governo Vargas caracterizou-se pelo estilo populista. O autoritarismo institucional do Estado Novo da espaço a um autoritarismo paternalista devido a sua carismática figura diante das massas populares e da burguesia, facilitando assim que ele pudesse manipular ambos sem desconfiança.
            Seu governo foi balanceado, concedendo benefícios aos trabalhadores por hora, por outrora arrochando-a, sempre visando o desenvolvimento capitalista.
            Outra característica foi o nacionalismo, marcando o governo por posturas de associação do país ao capital estrangeiro, modelo de desenvolvimento de um capitalismo autônomo baseado na substituição das importações, com medidas protecionistas.
            Getúlio encontra circunstâncias muito diferentes das anteriores. Agora ele tinha que lidar com o processo “democrático” brasileiro. Muito mais complicado do que antes, principalmente se comparado ao Estado Novo onde ele tinha total controle do poder. Neste momento ele tinha que lidar com disputas internas no exército, na sociedade, na política e um quadro econômico muito delicado, principalmente por causa da inflação. Suas medidas não desciam conforme ele ordenava, ele dependia da aprovação do senado e da câmara, nesse processo da redemocratização nascem situações como o mensalão, onde a aprovação de projeto mos era vendida por senadores e deputados, entre outras inúmeras situações.
            Na questão econômica, não houve modificação no modelo utilizado. O controle das bases econômicas continuou a existir. O Brasil assina o pacto ABC, uma aliança econômica com Argentina e Chile (A – Argentina, B – Brasil, C – Chile)
            Foi lançado, em 1951, o Plano LAFER, que consistia no reaparelhamento dos portos brasileiros, pelo então Ministro da Indústria e Comércio, Horácio Lafer.
            O momento marcante foi a luta pelo controle do petróleo brasileiro, com o lançamento da campanha “O Petróleo é nosso!”, que impulsionou a criação da Petrobrás, em 1953. A idéia foi mobilizar todas as classes pela valorização de valores nacionais a união de todos em prol da riqueza nacional, sentimento de orgulho do país.
            O populismo do segundo governo foi diferente no sentido de que mobilizou todas as classes em prol do novo, descontentando as alas conservadoras tanto no exército quanto na sociedade, devido ao medo do novo e do moderno.
            João Goulart, o Jango, era Ministro do Trabalho e um dos personagens centrais do populismo de Vargas, além de ser muito admirado pelo presidente. Jango e Vargas trataram de apoiar alguns movimentos grevistas, concediam algumas reivindicações e ao mesmo tempo tentando manter o controle, não deixando os movimentos escaparem dos seus limites. Alguns movimentos como a Greve dos 300 mil, da industria têxtil de SP, liderada por Paul Singer, acabaram por ser incontroláveis.
            Entre outros fatos do seu governo, podemos destacar a reativação da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito) para fiscalizar as atividades e responsabilidades bancárias, além de encarecer os bens de produção importados, forçando a indústria a fabricar similares nacionais.
            O Manifesto dos Coronéis, uma ameaça enviada por descontentes do exército ao Ministro de Guerra, fez com que Getúlio laçasse no mês conseguinte o aumento de salário mínimo em 100%, Na época a oposição falava que Jango estava tramando instalar uma república sindical.
            Movimentos anti-getulistas existiam e eram alimentados pelo jornalista carioca Carlos Lacerda, que batia no governo o tempo todo. Assim surge a idéia infeliz, dentro do governo, de matar Carlos Lacerda, no famoso “Crime da Rua Tonelero”. Foi uma tentativa de assassinato a Lacerda que acabou tendo um fim desastroso, totalmente mal executado. Os assassinos confundiram Carlos Lacerda com o Major Vaz, da aeronáutica, que vinha entrando no prédio de Lacerda e acabou morrendo em seu lugar. Esse fato acabou se transformando num mártir para a oposição de Getúlio. Estouram séries de acusações aos íntimos de Getúlio e a ele próprio. Tanto da morte de Vaz quanto de corrupção, Getúlio era acusado. O presidente deu uma declaração de que existiria em sua volta um mar de lama que ele não conhecia, que acabou agravando a situação.
            Getúlio se sentiu totalmente encurralado e acaba se suicidado em 24 de agosto de 1954, deixando a famosa carta testamento.

GOVERNOS CAFÉ FILHO, CARLOS LUZ E NEREU RAMOS (1954 – 1956)

            Café Filho assume as rédeas do país com a morte de Getúlio. Coube a ele assegurar as eleições de 1955, onde Jucelino Kubitschek vence, porém, com 38% dos votos. Surge boatos de que os udenistas, liderados pelo candidato derrotado da UDN Juarez Távola, pretendiam dar um golpe e anular o pleito, havendo um pronunciamento dos militares contra a posse de JK. Contra isso no General Henrique Lott chegou a colocar seu cargo de Ministro da Guerra a disposição, a favor de JK.
            Café Filho se licencia do cargo da presidência por motivos de saúde, dando lugar a Carlos Luz, presidente da Câmara e contrário a posse de JK, aceitou o pedido de demissão de Lott. Carlos Luz começa a formular um golpe militar e acaba sendo anulado pelo exército, tendo que se refugiar no Cruzador Tamandaré, junto de Carlos Lacerda, o jornalista, que apoiava seu golpe, pretendendo instalar a sede de seu Governo em São Paulo, onde o atual governador era Jânio Quadros.
            Carloz Luz foi impedido de seguir como presidente e deu a posse a Nereu Ramos, presidente do Senado. Carlos Luz tentou dar outro golpe para reassumir a presidência mas foi impedido pelos militares.
            Coube a Nereu Ramos apenas a assegurar a posse do candidato eleito, Jucelino Kubitschek.

GOVERNO JK (1956 – 1961)

- Desenvolvimentista.
- Plano de Metas – Energia, Educação, Transporte, Indústria.
- 50 anos em 5.
- Participação na política internacional com o envio de tropas ao Egito em cooperação as Nações Unidas e envio da FAB ao auxilio no processo de independência do Congo.
- OPA (Operação Pan-Americana) no intuito de despertar os países da América para o desenvolvimento.
- Revoltas da Aeronáutica: Jacaré Acanga e Aragarças, que foram suprimidas pelo governo.
- Construção da capital nacional, Brasília, inaugurada em 21/04/1960.
- Criação do CNEN em 1956, o Conselho Nacional de Energia Nuclear, com a finalidade de integrar o Brasil na era atômica.
- Criação do GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilistica).
- Acordo de cooperação técnica com o programa FAO da ONU, que tinha a finalidade de estudos em alimentação e agricultura.
- Criação de leis e regulamentos de caráter tributário, financeiro e alfandegário.
- Construção de Hidrelétricas (Três Marias e Furnas) e Siderúrgicas (Cosipa e Usiminas), impulsionando a industrialização no Basil.
- Investimento na educação superior no país, além da reforma industrial.
- Abertura do país ao capital estrangeiro, com a instalação de empresas automobilísticas e de eletrodomésticos.
- Seu governo trouxe inúmeras conseqüências negativas como o endividamento externo e interno, crescimento da inflação e a concentração de renda nas mãos de uma minoria.
- A decepção da população com seu governo fez com que um candidato da oposição se elegesse.


A História Resumida Sobre: Ditadura Militar até o FHC



JUNTA MILITAR (02/04/1964 a 15/04/1964)
·  Formada pelos ministros Gal. Costa e Silva, Tenente-brigadeiro Francisco Corrêa de Melo e o vice-almirante Augusto Rademaker Grunewald.
·  Em seu período promoveu cassações políticas e expurgos, tanto em civis quanto militares.
·  O Poder dos militares no Brasil agradou tanto os EUA que eles, inclusive, desativaram a Operação Brother Sam, que previa a intervenção militar no Brasil caso Jango continuasse no poder.
·  Colocaram em prática o AI-1 (Ato institucional número 1) que revestia o executivo de poderes especiais como elaborar leis  emendas sem a aprovação do legislativo, além de caçar, prender e suprimir direitos políticos de quem quisesse.

GOVERNO CASTELO BRANCO (1964 – 1967)
·  O Mal. Humberto Castelo Branco assumiu o pode prometendo a volta da democracia e o fortalecimento do capitalismo privado (extinguindo assim as medidas protetoras e investidoras na indústria brasileira, tomadas por Jango).
·  Pôs em prática o AI-2, onde tentou mascarar uma volta da democracia com a extinção dos partidos políticos (que acabaram, alguns, como o PC, ficando na ilegalidade e sendo violentamente caçado) na implantação do bipartidarismo (ARENA e MDB, ambos ligados aos militares).
·  Lei Suplicy: expulsão de estudantes e professores das faculdades, após a intervenção em 425 sindicados, para tentar evitar manifestações em relação ao arrocho salarial que implantou para tentar favorecer a concentração de renda.
·  Editou o AI-4 (Lei da Segurança Nacional) para também legalizar as cassações feitas em seu mandato e colocar e anular a constituição de 1946, para por em prática a Contituição de 1967.

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
·  PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento.
·  A morte do Estudante Édson de Lima Souto, após uma invasão e quebra-quebra da polícia no Restaurante Universitário do Rio de Janeiro para evitar uma passeata dos estudantes contra a expulsão de professores e estudantes da universidade. Esse fato acabou gerando, no dia seguinte, a reunião de 50 mil pessoas num velório público em homenagem a Édson.
·  A passeata dos 100 mil reuniu estudantes, ativistas, intelectuais, artistas, entre outros, contra a ditadura e exigindo a liberdade democrática, após o fato ocorrido com o estudante.
·  O 30º Congresso da UNE, terminou na prisão de todos os alunos participantes, devido as ofensivas contra a Ditadura.
·  Alunos simpatizantes a Ditadura da Universidade Mackenzie enfrentaram alunos da USP num pedágio realizado pelos universitários que acabou na morte do jovem estudante José Guimarães, da USP.
·  Formação da Frente Ampla, contra a ditadura, onde reunião João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda (sim, o jornalista que quase morreu no Gov. Getúlio, que tinha como Ministro o próprio Jango).
·  Greves dos operários em Contagem (MG) e Osasco (SP).
·  Grupos esquerdistas de luta armada começam a atuar contra a repressão.
·  Nesse governo ocorre a Guerrilha de Caparaó (MG), organizado por ex-militares expulsos das Forças Armadas com o apoio de Brizola e apoio financeiro de Cuba, contra a Ditadura e inspirada na Revolução Cubana. Quando Cuba decide apoiar a guerrilha de Carlos Marighela, a luta na Serra de Caparaó acaba meio abandonada e muitos acabam morrendo. Para ganhar o apoio da população local, o exército promove ações sociais, recreações e filmes exaltando o Governo Militar.
·  68 municípios, incluindo capitais, são transformados em áreas de Segurança Nacional. Dentre eles cidades gaúchas como Bagé.
·  Na mídia, Márcio Moreira Alves (MDB) convoca a população a boicotar a parada de 7 de setembro.
·  Acordo MEC-USAID, implantava o modelo estadunidense nas universidades brasileiras.
·  AI-5 e outras 12 emendas: Fechamento do Congresso Nacional! Amplos poderes para o Governo Militar.
·  Construção da ponte Rio-Niterói.

2ª JUNTA MILITAR (31/08/1969 a 30/10/1969)
·  Sequestro do embaixador dos EUA no Brasil, Charles Elbrick (ver filme “O que é isso companheiro”).
·  Elaboração da Constituição de 1969.

GOVERNO MÉDICI (1969 - 1974)
·  O Bajeense Emílio Garrastazu Médici, General comandante do III Exército, líder expoente da “linha dura” e ex-chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) toma posse.
·  Pôs em prática, como ninguém, o AI-5, usando o lema “BRASIL: AME-O OU DEIXE-O”. Ufanismo claro “Ninguém segura esse pais!”.
·  Espalhou os DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), órgãos de investigação, interrogação e tortura, extremamente repressivos, por todo país.
·  Instalou o 1º PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), o PIN (Plano de Integração Nacional) e o PMB (Plano de Metas e Bases para a Ação do Governo).
·  Ocorre o “Milagre Brasileiro” – Crescimento do PIB em 11,2%.
·  Surgimento da “Imprensa Nanica” com o jornal “O Pasquim”, periódico semanal em oposição ao Regime Militar.
·  As caçadas do Governo a Carlos Lamarca (do movimento VPR), guerrilheiro, finalmente tem sucesso e ele acaba morto em 1971. (Ver o filme “Lamarca”).
·  Desaparecimento do Deputado Rubens Paiva (Crítico da Ditadura).
·  Obras “faraônicas” são feitas em seu governo, como a Transamazônica, conclusão da ponte Rio-Niterói, assinatura para a construção de Itaipu, etc.
·  Repressão aos grupos armados (VAR-Palmares; MR-8; VPR; PC do B; AP; PCBR; ALN).
·  Assassinato do guerrilheiro Carlos Marighella (ALN), que chegou a escrever um manual de como organizar uma guerrilha, chamado “Manual do Guerrilheiro Urbano”.
·  Sequestro dos embaixadores do Japão, Alemanha e Suiça.
·  Guerrilha do Vale da Ribeira (SP).
·  Guerrilha do Araguaia, nos estados de GO, PA e MA.
·  Criou o Mobral (movimento brasileiro de alfabetização).
·  A crise do Petróleo compromete o seu “milagre economico”.

GOVERNO GEISEL (1974-1979)
·  Empresa Brasil/Paraguai – Construção da Usina de Itaipu.
·  Distenção “lenta gradual e segura”.
·  II PND.
·  Acordo Nuclear com a Alemanha – Angra I.
·  Morte de Manoel Fiel Filho e Vladmir Herzog (enforcado) nas dependências o DOI-CODI de SP.
·  Destituição do Gal. Ednardo Mello do comando do 2º Exército
·  Lei Falcão (1976) – Candidatos não podiam se manifestar, só falar seu currículo.
·  Pacote de Abril – Fechamento do congresso.
·  Greves do ABC – Metalúrgicos em 1978.
·  Segunda crise do petróleo.
·  Contratos de risco para a exploração do petróleo.
·  Estabelecimento das relações diplomáticas com a China.
·  Fim do AI-5.
·  Denúncia por Caetano Veloso das Patrulhas ideológicas.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979 – 1985)
·  Inauguração de Angra I – 1981.
·  Abertura política.
·  III PND.
·  Lei da Anistia – “O Bêbado e a Equilibrista” como Hino.
·  Pluripartidarismo – LOP (Lei Orgânica dos Partidos), liberação da criação dos mesmos.
·  PMDB, PDT e PT (partidos da oposição).
·  PDS (partido da situação, antigo ARENA).
·  Reconstrução da UNE.
·  Atentados de direta: carta bomba na OAB e atentado no Rio-Centro (atentado militar contra o PT).
·  Eleições diretas para governador de Estado.
·  Vitória da Oposição no RJ: Brizola (PDT), em MG: Tancredo (PMDB), em SP: Franco Montouro (PMDB).
·  Brasil no FMI.
·  Visita do Presidente Reagan ao Brasil ( -“I’m Very Happy to Visit Bolívia!” )
·  Projeto Antártico Brasileiro.
·  Surgimento da CUT (Central Única dos Trabalhadores) – 1983.
·  Campanha das Diretas Já! (1984)
·  Derrota da emenda Dante de Oliveira, que traria as eleições diretas.
·  Eleições indiretas pra presidente ocorrem com vitória de Paulo Maluf, sobre o Tancredo. Porém Tancredo com o apoio do Senado derrubam Maluf e Sarney acaba assumindo a presidência da república, após a morte de Tancredo.
·  Fim da ditadura Militar.

GOVERNO SARNEY (1985 – 1989)
·  Eleições diretas para prefeito.
·  Convocação do congresso constituinte.
·  Reaproximação com Cuba.
·  Reestabelecimento das eleições diretas para Presidente e a eliminação do colégio eleitoral.
·  Restauração das eleições diretas para prefeitos, das áreas de segurança nacional e das estâncias hidrominerais.
·  Liberalização das atividades sindicais.
·  Direito de voto para os analfabetos.
·  Liberdade de organização de novos partidos e legalização dos que viviam na clandestinidade, como PCB e PC do B.
·  Alguns entulhos autoritários ainda persistiam, pós ditadura como a Lei de Segurança Nacional, a Lei de Imprensa e o direito do Presidente de baixar Decretos-lei, dentre os principais.
·  Plano Cruzado – baseado no controle de preços e na desindexação da economia através da extinção da correção monetária, com o objetivo de estabilizar.
·  Com o fracasso do plano Cruzado ainda vieram o Plano Bresser e o Plano Verão (Cruzado Novo) que também fracassaram. No fim do governo, a inflação chegava a 2% ao dia.
·  Constituição de 1988:
- Presidente não podia mais baixar decretos-lei.
- Garante-se aos índios a posse da terra que já ocupam tradicionalmente, competindo a união demarcá-la e protegê-la.
- As propriedades rurais que nãoestiverem cumprindo sua função social poderão ser desapropriadas pelo governo mediante indenização prévia.
- Voto será facultativo dos 16 aos 18 e obrigatório até os 70.
- Racismo vira crime inafiançável sujeito a pena de reclusão.
- Assegurados ao trabalhador as liberdades sindical e de greve, exceto aos que trabalham em atividades essenciais.
- Férias remuneradas acrescidas do 1/3 do salário.
- Os direitos se aplicam a todo e qualquer trabalhador.
- Jornada de trabalho é de 44h e hora extra paga com 50% do valor a mais.

GOVERNO COLLOR (1990 – 1992)
·  Eleito em 1989. Primeiro presidente eleito pelo voto direto.
·  A população, iludida com os discursos do novo e jovem presidente, não enxergavam que seu governo era composto por inúmeros apoiadores e pessoas diretamente ligadas a ditadura militar, além de que ele e seus integrantes participaram ativamente dos governos anteriores durante anos, participantes da Frente Liberal.
·  Plano Collor – mudou o nome da moeda para Cruzeiro. Reteve todos os depósitos em contas que seriam devolvidos somente em 12 parcelas a partir de 1991. Quem tinha dinheiro em conta, pode sacar no máximo 50 mil cruzeiros ou 20% do valor que possuía. O país todo ficou sem dinheiro, inclusive aqueles que iam viajar ou comprar imóveis novos.
·  Tragédias – pessoas se suicidaram, se marginalizaram, virou um caos.
·  Novos impostos além de aumento dos já existentes.
·  Governo neoliberal, reduziu a interferência do Estado na economia, facilitou a importação de bens de consumo e acelerou o processo de privatização da economia, liberando preços.
·  Salários congelados, devido a alta inflação, não recebiam os reajustes e diminuíam o poder de compra dos trabalhadores.
·  Como todo o caos econômico, no final de 1991 mais de 2,5 milhões de pessoas perderam o emprego e o salário correspondia a 40 dólares.
·  Grupos de extermínio, formado por ex-policiais e marginais começaram a matar mendigos e meninos de rua, chegando a 2 por dia. Financiados por comerciantes temerosos de serem assaltados.
·  No final de 1991, Collor alcançou 60% de rejeição.
·  O presidente gastou 2,5 milhões de dólares para reformar o jardim da casa da Dinda (de sua propriedade), em meio a crise.
·  Operação Uruguai – plano forjado para justificar a origem dos milhões de dólares que Collor gastava abertamente.
·  A ex ministra Zélia de Mello, que era envolvida com transações ligadas a venda de café no  interior, foi desmascarada sobre seu envolvimento com o esquema PC Farias, de onde lucrara.
·  A primeira dama usou dinheiro da LBA (Legião Brasileira de Assistência) para pagar a festa de uma amiga.
·  Collor convocou uma manifestação verde amarela para tentar ganhar força com as massas, porém as pessoas saíram as ruas vestidas de preto, ficando conhecido como O Dia de Luto.
·  Movimentos estudantis, os caras pintadas, saiam as ruas cantando Alegria Alegria de Caetano Veloso, reeditando as manifestações rebeldes dos anos 1960, pedindo o impeachment do presidente.
·  Em 29/09/1992 a câmara dos deputados aprovou no senado o impeachment do presidente e ele teve de se retirar do palácio aos gritos de ladrão, pela população.
·  Condenação de Collor por crime de responsabilidade e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos, alem de responder na justiça por formação de quadrilha e corrupção passiva.
·  Hoje Fernando Collor de Mello participa ativamente da política, tendo sido candidato a governador de Alagoas em 2010. Porém depois de escândalos onde ele foi proibido de citar Lula e Dilma em sua campanha, onde ele usava o nome do ex e da atual presidente constantemente, ele acabou perdendo a eleição. Mesmo depois de todos os acontecimentos, é um nome forte no cenário nacional do partido PTB, o 14.

GOVERNO ITAMAR FRANCO (1993-1994)
·  Extinção do SNI, órgão de informações da ditadura, criando outro parecido, porém desmilitarizado e mais democrático.
·  Criação do CONSEA (Conselho de segurança alimentar).
·  Lei do Cinema – incentivo governamental a arte visual.
·  Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal.
·  Código Nacional de Trânsito estabelecendo prioridade absoluta para o pedestre.
·  Primeiro submarino construído no Brasil, o Tamoio.
·  Missões de paz coordenadas pela ONU.
·  Lei da Informática – redução do imposto de renda em empresas que investem pelo menos 5% em tecnologia.
·  Primeiro satélite brasileiro.
·  Consolidação do Mercosul  - Petrobrás transforma a Argentina no 2º maior fornecedor de petróleo, importado pelo Brasil.
·  Plano Real – Fernando Henrique ministro da fazenda. Com a inflação controlada e o Brasil tetracampeão de Futebol, FHC é eleito o novo presidente do Brasil.

GOVERNO FERNANDO HENRIQUE (1995 – 2002)
·  Eleito com 54% dos votos.
·  Maioria confortável no congresso.
·  Aliou-se a veteranos conservadores e da época da ditadura como Marco Maciel (seu vice), José Sarney, Antônio Carlos Magalhães, etc.
·  Privatizou empresas estatais.
·  Liberou importações.
·  Fez cortes  nos gastos sociais, visando mais a economia.
·  Plano Real dominou as importações porém trouxe problemas como a supervalorização da moeda, facilitando a importação e dificultando a exportação. Balança comercial externa negativa.
·  Juros altos, recolhimento de moeda nos bancos, diminuiu a circulação monetária e dificultou a vida de empresários que desejavam tirar empréstimos. Juros altos aumentavam a dívida interna do governo.
·  Bancos perdem os lucros, e recebem ajuda do governo.
·  Lei das concessões Públicas, exploração dos serviços prestados pelo Estado.
·  Quebra do monopólio estatal das telecomunicações e da Petrobrás.
·  PROER – Salvou bancários quebradas por suas falcatruas com o dinheiro público.
·  CPMF – O imposto do cheque.
·  Massacre de Eldorado de Carajás – Por ordem de Almir Gabriel (PSDB) a polícia atirou e matou 19, além de ferir 50 sem-terras que aguardavam promessas do governo em uma propriedade.
·  Caso dos Precatórios - O maior escândalo financeiro da história do Brasil e um dos maiores do mundo. Foram desviados 2,5 bilhões de reais, e ninguém foi condenado. Como um comparativo, o escândalo do mensalão, que está na mídia, envolve 100 milhões de reais, ou seja, o equivalente a menos de 1% do caso dos precatórios.
·  Aprovada em 1997 a reeleição para prefeitos.
·  Privatizado em 1997 a Vale do Rio Doce.
·  Com a reforma na CLT, cai a estabilidade do emprego público.
·  Epidemia de dengue, em 1998.
·  Reforma da Previdência.
·  Privatização da Telebrás.
·  Crise da Rússia causa cortes na área social brasileira.
·  FHC, mesmo depois de todos os escândalos e da miséria enfrentada pelo país é reeleito presidente.
·  Em dezembro de 1998, o FMI empresta mais 41 bilhões de reais ao Brasil para que o país não vá para o fundo do poço.
·  Em Abril de 99, CPI do Judiciário desvenda o esquema de 170 milhões do Juiz Nicolau dos Santos Neto.
·  Ministério da Defesa.
·  Ministério da Integração Nacional e Secretaria Geral da Previdência.
·  26/08/1999 a marcha dos 100 mil, protesto contra o governo FHC.
·  22/04/2000, a festa dos 500 anos na Bahia é m vexame, marcado por confrontos entre a população descontente com o governo e a polícia. A Nau Capitania, uma réplica da Caravela de Cabral, paga pelo governo com 3,8 milhões de reais não chega ao Brasil.
·  Organização do MST promove invasão em 20 estados ao mesmo tempo além de invasões em prédios públicos.
·  Doença da Vaca Louca, inexistente e denunciada por compradores estrangeiros devido a falhas na documentação pelo governo prejudica a pecuária brasileira em 2001.
·  Extinção da SUDENE e da SUDAM.
·  Escândalo do painel do senado mostra manipulação nas votações.
·  O apagão de 2001. Racionamento de energia, depois de várias capitais ficarem no escuro.
·  Colapso energético na Argentina desvaloriza o real em 27% e o governo novamente estuda pedir empréstimo ao FMI.
·  No Brasil, com o dólar valendo R$3,00, o governo pede mais 30 bilhões ao FMI.