JUNTA MILITAR
(02/04/1964 a 15/04/1964)
· Formada pelos ministros Gal. Costa e
Silva, Tenente-brigadeiro Francisco Corrêa de Melo e o vice-almirante Augusto
Rademaker Grunewald.
· Em seu período promoveu cassações
políticas e expurgos, tanto em civis quanto militares.
· O Poder dos militares no Brasil
agradou tanto os EUA que eles, inclusive, desativaram a Operação Brother Sam,
que previa a intervenção militar no Brasil caso Jango continuasse no poder.
· Colocaram em prática o AI-1 (Ato
institucional número 1) que revestia o executivo de poderes especiais como
elaborar leis emendas sem a aprovação do
legislativo, além de caçar, prender e suprimir direitos políticos de quem
quisesse.
GOVERNO CASTELO
BRANCO (1964 – 1967)
· O Mal. Humberto Castelo Branco
assumiu o pode prometendo a volta da democracia e o fortalecimento do
capitalismo privado (extinguindo assim as medidas protetoras e investidoras na
indústria brasileira, tomadas por Jango).
· Pôs em prática o AI-2, onde tentou
mascarar uma volta da democracia com a extinção dos partidos políticos (que
acabaram, alguns, como o PC, ficando na ilegalidade e sendo violentamente
caçado) na implantação do bipartidarismo (ARENA e MDB, ambos ligados aos
militares).
· Lei Suplicy: expulsão de estudantes e
professores das faculdades, após a intervenção em 425 sindicados, para tentar
evitar manifestações em relação ao arrocho salarial que implantou para tentar
favorecer a concentração de renda.
· Editou o AI-4 (Lei da Segurança
Nacional) para também legalizar as cassações feitas em seu mandato e colocar e
anular a constituição de 1946, para por em prática a Contituição de 1967.
GOVERNO COSTA E
SILVA (1967-1969)
· PED – Plano Estratégico de
Desenvolvimento.
· A morte do Estudante Édson de Lima
Souto, após uma invasão e quebra-quebra da polícia no Restaurante Universitário
do Rio de Janeiro para evitar uma passeata dos estudantes contra a expulsão de
professores e estudantes da universidade. Esse fato acabou gerando, no dia
seguinte, a reunião de 50 mil pessoas num velório público em homenagem a Édson.
· A passeata dos 100 mil reuniu
estudantes, ativistas, intelectuais, artistas, entre outros, contra a ditadura
e exigindo a liberdade democrática, após o fato ocorrido com o estudante.
· O 30º Congresso da UNE, terminou na
prisão de todos os alunos participantes, devido as ofensivas contra a Ditadura.
· Alunos simpatizantes a Ditadura da
Universidade Mackenzie enfrentaram alunos da USP num pedágio realizado pelos
universitários que acabou na morte do jovem estudante José Guimarães, da USP.
· Formação da Frente Ampla, contra a
ditadura, onde reunião João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda
(sim, o jornalista que quase morreu no Gov. Getúlio, que tinha como Ministro o
próprio Jango).
· Greves dos operários em Contagem (MG)
e Osasco (SP).
· Grupos esquerdistas de luta armada
começam a atuar contra a repressão.
· Nesse governo ocorre a Guerrilha de
Caparaó (MG), organizado por ex-militares expulsos das Forças Armadas com o apoio
de Brizola e apoio financeiro de Cuba, contra a Ditadura e inspirada na
Revolução Cubana. Quando Cuba decide apoiar a guerrilha de Carlos Marighela, a
luta na Serra de Caparaó acaba meio abandonada e muitos acabam morrendo. Para
ganhar o apoio da população local, o exército promove ações sociais, recreações
e filmes exaltando o Governo Militar.
· 68 municípios, incluindo capitais,
são transformados em áreas de Segurança Nacional. Dentre eles cidades gaúchas
como Bagé.
· Na mídia, Márcio Moreira Alves (MDB) convoca
a população a boicotar a parada de 7 de setembro.
· Acordo MEC-USAID, implantava o modelo
estadunidense nas universidades brasileiras.
· AI-5 e outras 12 emendas: Fechamento
do Congresso Nacional! Amplos poderes para o Governo Militar.
· Construção da ponte Rio-Niterói.
2ª JUNTA MILITAR
(31/08/1969 a 30/10/1969)
· Sequestro do embaixador dos EUA no
Brasil, Charles Elbrick (ver filme “O que é isso companheiro”).
· Elaboração da Constituição de 1969.
GOVERNO MÉDICI (1969
- 1974)
· O Bajeense Emílio Garrastazu Médici,
General comandante do III Exército, líder expoente da “linha dura” e ex-chefe
do SNI (Serviço Nacional de Informações) toma posse.
· Pôs em prática, como ninguém, o AI-5,
usando o lema “BRASIL: AME-O OU DEIXE-O”. Ufanismo claro “Ninguém segura esse
pais!”.
· Espalhou os DOI-CODI (Destacamento de
Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), órgãos de
investigação, interrogação e tortura, extremamente repressivos, por todo país.
· Instalou o 1º PND (Plano Nacional de
Desenvolvimento), o PIN (Plano de Integração Nacional) e o PMB (Plano de Metas
e Bases para a Ação do Governo).
· Ocorre o “Milagre Brasileiro” –
Crescimento do PIB em 11,2%.
· Surgimento da “Imprensa Nanica” com o
jornal “O Pasquim”, periódico semanal em oposição ao Regime Militar.
· As caçadas do Governo a Carlos
Lamarca (do movimento VPR), guerrilheiro, finalmente tem sucesso e ele acaba
morto em 1971. (Ver o filme “Lamarca”).
· Desaparecimento do Deputado Rubens
Paiva (Crítico da Ditadura).
· Obras “faraônicas” são feitas em seu
governo, como a Transamazônica, conclusão da ponte Rio-Niterói, assinatura para
a construção de Itaipu, etc.
· Repressão aos grupos armados
(VAR-Palmares; MR-8; VPR; PC do B; AP; PCBR; ALN).
· Assassinato do guerrilheiro Carlos
Marighella (ALN), que chegou a escrever um manual de como organizar uma
guerrilha, chamado “Manual do Guerrilheiro Urbano”.
· Sequestro dos embaixadores do Japão,
Alemanha e Suiça.
· Guerrilha do Vale da Ribeira (SP).
· Guerrilha do Araguaia, nos estados de
GO, PA e MA.
· Criou o Mobral (movimento brasileiro
de alfabetização).
· A crise do Petróleo compromete o seu
“milagre economico”.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
· Empresa Brasil/Paraguai – Construção
da Usina de Itaipu.
· Distenção “lenta gradual e segura”.
· II PND.
· Acordo Nuclear com a Alemanha – Angra
I.
· Morte de Manoel Fiel Filho e Vladmir
Herzog (enforcado) nas dependências o DOI-CODI de SP.
· Destituição do Gal. Ednardo Mello do
comando do 2º Exército
· Lei Falcão (1976) – Candidatos não
podiam se manifestar, só falar seu currículo.
· Pacote de Abril – Fechamento do
congresso.
· Greves do ABC – Metalúrgicos em 1978.
· Segunda crise do petróleo.
· Contratos de risco para a exploração
do petróleo.
· Estabelecimento das relações
diplomáticas com a China.
· Fim do AI-5.
· Denúncia por Caetano Veloso das
Patrulhas ideológicas.
GOVERNO FIGUEIREDO
(1979 – 1985)
· Inauguração de Angra I – 1981.
· Abertura política.
· III PND.
· Lei da Anistia – “O Bêbado e a
Equilibrista” como Hino.
· Pluripartidarismo – LOP (Lei Orgânica
dos Partidos), liberação da criação dos mesmos.
· PMDB, PDT e PT (partidos da
oposição).
· PDS (partido da situação, antigo
ARENA).
· Reconstrução da UNE.
· Atentados de direta: carta bomba na
OAB e atentado no Rio-Centro (atentado militar contra o PT).
· Eleições diretas para governador de
Estado.
· Vitória da Oposição no RJ: Brizola
(PDT), em MG: Tancredo (PMDB), em SP: Franco Montouro (PMDB).
· Brasil no FMI.
·
Visita
do Presidente Reagan ao Brasil ( -“I’m Very Happy to Visit Bolívia!” )
·
Projeto Antártico Brasileiro.
· Surgimento da CUT (Central Única dos
Trabalhadores) – 1983.
· Campanha das Diretas Já! (1984)
· Derrota da emenda Dante de Oliveira,
que traria as eleições diretas.
· Eleições indiretas pra presidente
ocorrem com vitória de Paulo Maluf, sobre o Tancredo. Porém Tancredo com o
apoio do Senado derrubam Maluf e Sarney acaba assumindo a presidência da
república, após a morte de Tancredo.
· Fim da ditadura Militar.
GOVERNO SARNEY (1985 – 1989)
· Eleições diretas para prefeito.
· Convocação do congresso constituinte.
· Reaproximação com Cuba.
· Reestabelecimento das eleições
diretas para Presidente e a eliminação do colégio eleitoral.
· Restauração das eleições diretas para
prefeitos, das áreas de segurança nacional e das estâncias hidrominerais.
· Liberalização das atividades
sindicais.
· Direito de voto para os analfabetos.
· Liberdade de organização de novos
partidos e legalização dos que viviam na clandestinidade, como PCB e PC do B.
· Alguns entulhos autoritários ainda
persistiam, pós ditadura como a Lei de Segurança Nacional, a Lei de Imprensa e
o direito do Presidente de baixar Decretos-lei, dentre os principais.
· Plano Cruzado – baseado no controle
de preços e na desindexação da economia através da extinção da correção
monetária, com o objetivo de estabilizar.
· Com o fracasso do plano Cruzado ainda
vieram o Plano Bresser e o Plano Verão (Cruzado Novo) que também fracassaram.
No fim do governo, a inflação chegava a 2% ao dia.
· Constituição de 1988:
- Presidente não podia mais baixar decretos-lei.
- Garante-se aos índios a posse da terra que já ocupam tradicionalmente,
competindo a união demarcá-la e protegê-la.
- As propriedades rurais que nãoestiverem cumprindo sua
função social poderão ser desapropriadas pelo governo mediante indenização
prévia.
- Voto será facultativo dos 16 aos 18 e obrigatório até os 70.
- Racismo vira crime inafiançável sujeito a pena de reclusão.
- Assegurados ao trabalhador as liberdades sindical e de
greve, exceto aos que trabalham em atividades essenciais.
- Férias remuneradas acrescidas do 1/3 do salário.
- Os direitos se aplicam a todo e qualquer trabalhador.
- Jornada de trabalho é de 44h e hora extra paga com 50% do
valor a mais.
GOVERNO COLLOR (1990 – 1992)
· Eleito em 1989. Primeiro presidente
eleito pelo voto direto.
· A população, iludida com os discursos
do novo e jovem presidente, não enxergavam que seu governo era composto por
inúmeros apoiadores e pessoas diretamente ligadas a ditadura militar, além de
que ele e seus integrantes participaram ativamente dos governos anteriores
durante anos, participantes da Frente Liberal.
· Plano Collor – mudou o nome da moeda
para Cruzeiro. Reteve todos os depósitos em contas que seriam devolvidos
somente em 12 parcelas a partir de 1991. Quem tinha dinheiro em conta, pode
sacar no máximo 50 mil cruzeiros ou 20% do valor que possuía. O país todo ficou
sem dinheiro, inclusive aqueles que iam viajar ou comprar imóveis novos.
· Tragédias – pessoas se suicidaram, se
marginalizaram, virou um caos.
· Novos impostos além de aumento dos já
existentes.
· Governo neoliberal, reduziu a
interferência do Estado na economia, facilitou a importação de bens de consumo
e acelerou o processo de privatização da economia, liberando preços.
· Salários congelados, devido a alta
inflação, não recebiam os reajustes e diminuíam o poder de compra dos
trabalhadores.
· Como todo o caos econômico, no final
de 1991 mais de 2,5 milhões de pessoas perderam o emprego e o salário
correspondia a 40 dólares.
· Grupos de extermínio, formado por
ex-policiais e marginais começaram a matar mendigos e meninos de rua, chegando
a 2 por dia. Financiados por comerciantes temerosos de serem assaltados.
· No final de 1991, Collor alcançou 60%
de rejeição.
· O presidente gastou 2,5 milhões de
dólares para reformar o jardim da casa da Dinda (de sua propriedade), em meio a
crise.
· Operação Uruguai – plano forjado para
justificar a origem dos milhões de dólares que Collor gastava abertamente.
· A ex ministra Zélia de Mello, que era
envolvida com transações ligadas a venda de café no interior, foi desmascarada sobre seu
envolvimento com o esquema PC Farias, de onde lucrara.
· A primeira dama usou dinheiro da LBA
(Legião Brasileira de Assistência) para pagar a festa de uma amiga.
· Collor convocou uma manifestação
verde amarela para tentar ganhar força com as massas, porém as pessoas saíram
as ruas vestidas de preto, ficando conhecido como O Dia de Luto.
· Movimentos estudantis, os caras
pintadas, saiam as ruas cantando Alegria Alegria de Caetano Veloso, reeditando
as manifestações rebeldes dos anos 1960, pedindo o impeachment do presidente.
· Em 29/09/1992 a câmara dos deputados
aprovou no senado o impeachment do presidente e ele teve de se retirar do
palácio aos gritos de ladrão, pela população.
· Condenação de Collor por crime de
responsabilidade e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos, alem
de responder na justiça por formação de quadrilha e corrupção passiva.
· Hoje Fernando Collor de Mello
participa ativamente da política, tendo sido candidato a governador de Alagoas
em 2010. Porém depois de escândalos onde ele foi proibido de citar Lula e Dilma
em sua campanha, onde ele usava o nome do ex e da atual presidente
constantemente, ele acabou perdendo a eleição. Mesmo depois de todos os
acontecimentos, é um nome forte no cenário nacional do partido PTB, o 14.
GOVERNO ITAMAR FRANCO (1993-1994)
· Extinção do SNI, órgão de informações
da ditadura, criando outro parecido, porém desmilitarizado e mais democrático.
· Criação do CONSEA (Conselho de
segurança alimentar).
· Lei do Cinema – incentivo
governamental a arte visual.
· Ministério do Meio Ambiente e da
Amazônia Legal.
· Código Nacional de Trânsito
estabelecendo prioridade absoluta para o pedestre.
· Primeiro submarino construído no
Brasil, o Tamoio.
· Missões de paz coordenadas pela ONU.
· Lei da Informática – redução do
imposto de renda em empresas que investem pelo menos 5% em tecnologia.
· Primeiro satélite brasileiro.
· Consolidação do Mercosul - Petrobrás transforma a Argentina no 2º
maior fornecedor de petróleo, importado pelo Brasil.
· Plano Real – Fernando Henrique
ministro da fazenda. Com a inflação controlada e o Brasil tetracampeão de
Futebol, FHC é eleito o novo presidente do Brasil.
GOVERNO FERNANDO HENRIQUE (1995 – 2002)
· Eleito com 54% dos votos.
· Maioria confortável no congresso.
· Aliou-se a veteranos conservadores e
da época da ditadura como Marco Maciel (seu vice), José Sarney, Antônio Carlos
Magalhães, etc.
· Privatizou empresas estatais.
· Liberou importações.
· Fez cortes nos gastos sociais, visando mais a economia.
· Plano Real dominou as importações
porém trouxe problemas como a supervalorização da moeda, facilitando a importação
e dificultando a exportação. Balança comercial externa negativa.
· Juros altos, recolhimento de moeda
nos bancos, diminuiu a circulação monetária e dificultou a vida de empresários
que desejavam tirar empréstimos. Juros altos aumentavam a dívida interna do
governo.
· Bancos perdem os lucros, e recebem
ajuda do governo.
· Lei das concessões Públicas,
exploração dos serviços prestados pelo Estado.
· Quebra do monopólio estatal das
telecomunicações e da Petrobrás.
· PROER – Salvou bancários quebradas
por suas falcatruas com o dinheiro público.
· CPMF – O imposto do cheque.
· Massacre de Eldorado de Carajás – Por
ordem de Almir Gabriel (PSDB) a polícia atirou e matou 19, além de ferir 50
sem-terras que aguardavam promessas do governo em uma propriedade.
· Caso dos Precatórios - O maior
escândalo financeiro da história do Brasil e um dos maiores do mundo. Foram
desviados 2,5 bilhões de reais, e ninguém foi condenado. Como um comparativo, o
escândalo do mensalão, que está na mídia, envolve 100 milhões de reais, ou seja,
o equivalente a menos de 1% do caso dos precatórios.
· Aprovada em 1997 a reeleição para
prefeitos.
· Privatizado em 1997 a Vale do Rio
Doce.
· Com a reforma na CLT, cai a
estabilidade do emprego público.
· Epidemia de dengue, em 1998.
· Reforma da Previdência.
· Privatização da Telebrás.
· Crise da Rússia causa cortes na área
social brasileira.
· FHC, mesmo depois de todos os
escândalos e da miséria enfrentada pelo país é reeleito presidente.
· Em dezembro de 1998, o FMI empresta
mais 41 bilhões de reais ao Brasil para que o país não vá para o fundo do poço.
· Em Abril de 99, CPI do Judiciário
desvenda o esquema de 170 milhões do Juiz Nicolau dos Santos Neto.
· Ministério da Defesa.
· Ministério da Integração Nacional e
Secretaria Geral da Previdência.
· 26/08/1999 a marcha dos 100 mil,
protesto contra o governo FHC.
· 22/04/2000, a festa dos 500 anos na
Bahia é m vexame, marcado por confrontos entre a população descontente com o
governo e a polícia. A Nau Capitania, uma réplica da Caravela de Cabral, paga
pelo governo com 3,8 milhões de reais não chega ao Brasil.
· Organização do MST promove invasão em
20 estados ao mesmo tempo além de invasões em prédios públicos.
· Doença da Vaca Louca, inexistente e
denunciada por compradores estrangeiros devido a falhas na documentação pelo
governo prejudica a pecuária brasileira em 2001.
· Extinção da SUDENE e da SUDAM.
· Escândalo do painel do senado mostra
manipulação nas votações.
· O apagão de 2001. Racionamento de
energia, depois de várias capitais ficarem no escuro.
· Colapso energético na Argentina desvaloriza
o real em 27% e o governo novamente estuda pedir empréstimo ao FMI.
· No Brasil, com o dólar valendo
R$3,00, o governo pede mais 30 bilhões ao FMI.